A palestra:
"Alimentos para o corpo e para alma -
a perspectiva védica para dietas"
Cristina Chiang
Graduada em Administração e especialização em beleza e alimentação pela Ayurveda ("Swasthavritta"), área em que atua há 9 anos.
Formada pela Escola Yoga Brahma Vidya no Brasil, com vinculos e especializações na India, nas seguintes instituicoes: International Academy of Ayurved, Maraharstra, India; Atharva Ayurved Clinic & Panchakarma Centre, Maharastra; School of Ayurveda & Panchakarma, Kerala; Dravyaguna Department - Bangalore University (Karnataka), Ayurvedic Hospital and Herbal Center of Narendrapur-Ramakrishna Mission Kolkota, (Bengala); Sri Jayendra Saraswathi Ayurveda College & Hospital, (Tamil Nadu). Realizou diversas pesquisas em SPAs e Centros Ayurvedicos na Asia em outros paises alem da India (Indonésia, Cingapura e Malasia) e Estados Unidos (Hawai, Florida e Nova York).
Também atua no segmento corporativo em parcerias de consultoria para desenvolvimento organizacional. Atende regularmente no Yoga Flow Ciyman em São Paulo e no núcleo Kalayasa em Uberlândia, Rua Mário Porto, 455, Lídice.
Segue abaixo, uma síntese do encontro...
A reflexão abaixo refere-se ao entendimento que consegui absorver da belíssima palestra de Cristina Chiang. Fiquei muito insipirada com o assunto que resolvi escrever um pouco mais. Partilho então com vocês o meu entendimento.
Quando se fala em alimento a primeira imagem que nos vem à mente é a de um delicioso prato de comida. De preferência aquela que mais gostamos. Isso é verdade, mas comida não é só aquilo que ingerimos, em especial para satisfazer as necessidades fisiológicas. Desde os tempos mais remotos da história da humanidade o alimento sempre foi muito mais do que uma condição de sobrevivência. Na perspectiva védica, segundo Cristina alimento é aquilo que serve para nutrir a vida dos seres vivos, é também o que mantém o fogo vivo, a luz irradiando, etc...
Cristina também esclareceu uma antiga visão do conceito “alimento” que para nós, ocidentais, é um fato novo, mas antigo e praticado por muitos. A visão milenar de que o ar que respiramos, as impressões do ambiente captadas pelos cinco sentidos, os pensamentos (negativos ou positivos) e as emoções, são também considerados alimento. É nesta perspectiva que o alimento vai muito além do que está no meu prato, de acordo com a palestrante.
O fato é que nós, vivendo ou sobrevivendo à correria do dia-a-dia, nos negamos a ver numa atitude de base reflexiva aquilo que o nosso corpo realmente necessita para, além de saciar a fome, estar em equilíbrio.
Compreendi que um dos caminhos para encontrarmos equilíbrio é a observação consciente do que foi ingerido e ainda verificar se o que ingerimos foi digerido, se o que foi digerido foi absorvido e se o que não foi absorvido foi eliminado. Eis os quatro momentos diário na vida de uma pessoa que devem ser realizados em perfeita harmonia:
Dieta, Digestão, Absorção e Eliminação.
No entanto, esses quatro momentos não dizem respeito somente ao alimento comidinhas e bebidinhas. Fundamental é digerir a pressão do trabalho, o estresse no trânsito, as frustrações, os conflitos interpessoais, etc. E mais do que isso, é imprescindível eliminar, ou seja, jogar para fora tudo aquilo que não necessitamos como: medo, insegurança, ansiedade, apego, inveja, avareza, ódio, ressentimento etc.
Por esses motivos determinadas pessoas que seguem uma dieta de baixa caloria, mesmo praticando atividades físicas não conseguem emagrecer, ou engordar se for o caso. Importante rever os conceitos, rever as ideias, os próprios valores e tudo aquilo que não estamos conseguindo digerir, absorver ou eliminar. Segundo Cristina é preciso coragem para ser saudável. É preciso coragem porque tudo isso pressupõe escolhas e as escolhas pressupõem perdas e pressupõem mudanças também.
Hoje vivemos uma realidade desumana quando se fala em alimento. Desumana porque 2/3 da humanidade está morrendo de fome enquanto 1/3 morre de ingestão. Mas o que é que eu tenho a ver com isso? Nada? Será? Não é pelo fato de termos o privilégio de nos alimentarmos todos os dias que podemos esbanjar comida deixando sobras nos pratos. Como disse Cristina, nada impede que a minha atitude seja devocional. Se não queremos ou não podemos ajudar às vítimas da fome na Somália que estão carecendo de ajuda imediata para sobreviver, também não precisamos praticar o desperdício, o que representa falta de ética humanitária e amor ao próximo (se é que existem pessoas que realmente amam o seu próximo).
Essas questões de valores e fundo moral também fazem parte de uma lista de fatores, encontrados nos Vedas, que fundamentam uma dieta saudável, além da constituição individual, características dos alimentos, procedência, preparo, capacidade de digestão, absorção e eliminação.
Outro fato muito interessante e não muito comum é o significado de "dieta". No cotidiano se diz: estou de dieta, seja para emagrecer ou engordar. Dieta para nós é sinônimo de regime, período no qual se abstém ou faz-se uso de determinados alimentos para emagrecer ou aumentar o peso. Já na perspectiva védica "dieta" significa hábitos alimentares individuais. Pois para os Vedas tanto os alimentos quanto à constituição das pessoas são formados pelos cinco elementos que estabelecem a natureza:
Terra, Água, Fogo, Ar, Espaço/éter.
Enfim, eis o resumo de alguns assuntos que foram abordados na 6ª Edição do Projeto filosofandoagora.
Enfim, eis o resumo de alguns assuntos que foram abordados na 6ª Edição do Projeto filosofandoagora.
Quem desejar contribuir com esta reflexão deixe um comentário ou escreva para
Mais informações: http://www.cristinachiang.com/
Vejam abaixo alguns dos participantes dessa 6ª Edição
Muito grata pela presença e carinho de todos
Até o próximo evento
Data
27/09/2011
"Qualidade de vida - um resultado de quê?
Lister Vianei Borges
Médico Homeopata e Psicoterapeuta
Beijos
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Silvia Soares Sant'Ana
Coordenação