O Instrutor de Yoga, Sergio Carvalho, abordou o tema: O Yoga e a busca pela felicidade na 8ª Edição do Projeto filosofandoagora, sem nenhuma promessa de acesso fácil à felicidade, mas deixou claro que o caminho para a tão sonhada beatitude é simples, desde que tenhamos Disciplina.
Segue abaixo alguns aspectos do que foi discutido nessa edição. Lembrando que os aspectos escolhidos fazem parte da minha percepção e entendimento.
Vamos começar com uma pergunta, mais como pretexto, já que a minha incumbência é filosofar.
O que é a Felicidade?
A felicidade é a meta da vida humana, já dizia Aristóteles. Acredito que essa seja a busca incansável de todo ser humano. Porém, o objeto da felicidade é algo totalmente subjetivo. E esse objeto, por sua vez, é aquilo pelo qual cada pessoa daria a sua vida para conseguir. Por exemplo: para quem não se alimenta diariamente, o alimento é o objeto de felicidade; para quem está enfermo, a saúde é o objeto da felicidade; para quem não tem nada, qualquer coisa é objeto de felicidade.
Mas, contraditoriamente, quem tem tudo, seja saúde, dinheiro, posses e ou reconhecimento social, não necessariamente sente-se feliz. O tudo ou mais pode ser sinônimo de preocupação, ou mesmo infelicidade. Quem tem muito se preocupa e se ocupa com o que tem e assim sofre de ansiedade, sofre por antecipação e sofre por desconhecer-se. Quer ser feliz? Então exerça o desapego, doe um pouco do que possui. Experimente esse caminho, vai que dá certo e você então encontra a sua tão almejada felicidade.
Em sua palestra, Sergio explicou que existem cinco metas diárias da existência humana que devem ser cumpridas, são elas: alimentar-se, acasalar-se, dormir, cuidar do território e questionar a própria existência.
Essa última meta tem por finalidade o desenvolvimento da espiritualidade, a qual nos permite abrir as portas da tão almejada bem-aventurança. Quem sou? De onde vim? Para onde vou? Sergio enfatiza que essas perguntas é o ponto de partida que transforma alguém em ser humano. Trabalhar diariamente nas quatro primeiras metas sem exercitar a quinta é como nadar na contra corrente. É o mesmo que ter, fazer, possuir, sem sentir-se pleno e, ainda, pensar que a felicidade é algo acessível aos deuses, ricos, famosos, magros e inacessível aos não abastados e a nós, gente como a gente.
No entanto, a felicidade é algo que precisa ser exercitada. Exercício que começa pela busca do questionamento e aprimoramento da própria existência. De acordo com os Vedas, uma das literaturas mais antigas da humanidade (aproximadamente 5.000 anos a.C) o caminho para o aperfeiçoamento da existência passa pelo Yoga. É nessa perspectiva que o Yoga é o caminho para a felicidade. Nesse caminho o primeiro passo a ser dado é reconhecer que pelo fato de se estar vivo, já se pratica Yoga. Como disse Sergio: nasceu, dançou, já está praticando Yoga.
O ser humano, sabendo ou não, querendo ou não, pratica Yoga a partir das suas ações; do conhecimento que se busca e do caminho que se segue. A primeira prática é o Karma Yoga. Karma significa ação e o princípio do Karma Yoga diz que toda ação gera uma outra ação e portanto uma consequência. Sergio nos lembra que pelo princípio do Karma Yoga não adianta plantarmos cenouras e querermos colher tomates. Simples assim, o que você planta é o que você colhe.
A segunda prática é o Jnana Yoga que representa o caminho do conhecimento, o que significa que cada um busca o conhecimento que sua alma anseia. Independente do que se lê, seja Veja, seja Caras, seja Contigo, seja os Pensadores, gibi da turma da Mônica, tirinhas da Mafalda ou textos sagrados, o caminho do conhecimento é a forma de se praticar Jnana Yoga. A terceira prática é o Bhakti Yoga que representa o caminho da devoção e também da auto-realização. A felicidade, de acordo com a tradição védica, caminha ao lado das práticas, que significa atenção constante para não esquecermos o que realmente é importante na vida.
E por falar em atenção, só para finalizar. Você presta atenção na sua respiração? Se não, então pare, respire um pouco. Respirar é o princípio básico da vida e também das práticas de Yoga. Infelizmente o ato de respirar foi desaprendido em função da azáfama, dos excessos de compromissos, negócios, mercados, interesses, etc.
Respirar conscientemente é o remédio de custo zero contra o grande mal do nosso século, a ansiedade. O simples ato de respirar com atenção, já faz com que a pessoa traga a sua mente e a sua atenção para o momento presente, para o agora, ou seja, para o único momento e tempo que realmente existe, consequência disso: o fim da ansiedade.
No mais,
Respire
Seja tolerante
Seja humilde
Ofereça respeito e honra a todos
E seja feliz
NAMASTE
NAMASTE
Abaixo os participantes que prestigiaram esse encontro.
A Coordenadora do Lar Espírita André Luiz, Lucimar e
e os idosos da casa ficaram muito felizez e gratos com as doações dos leites.
(27 itens da 7ª Edição com Dr. Lister Vianei
e mais 36 itens da 8ª Edição com Sergio Carvalho)
Um abraço carinhoso a todos
Até o próximo encontro
NAMASTE