A única constante da vida é a mudança: como lidar com isso.
Esse foi o tema, talentosamente, discorrido por Cinira Palotta, na 1ª Edição de 2012, no último dia 20/03/2012. O texto abaixo abordará as questões tratadas por Cinira. Algumas passagens foram transcritas e na oportunidade complementarei com outras ideias e estudos, dentro da temática desenvolvida.
Cinira iniciou o seu discurso “homenageando” Heráclito de Éfeso, lembrando a essência da sua filosofia, de que tudo é movimento, o eterno fluir e os constantes ciclos da vida, como dia e noite, frito e quente, as estações, as idades, ou seja, o fluir e os seus contrários.
Na tradição da filosofia ocidental, greco-romana, Heráclito, o pai da dialética, foi o primeiro pensador a dizer que tudo na vida flui, como um rio, que nada permanece o mesmo, sendo impossível ao mesmo homem, banhar-se nas mesmas águas do mesmo rio e que a única constante da vida é a mudança.
Mas como lidar com isso?




Daí, explica Cinira que devemos ser responsáveis pelos nossos pensamentos, responsáveis no sentido de darmos resposta à, ou seja, àquilo que pensamos. Uma vez que, o tempo todo estamos modificando e interferindo na nossa realidade, pois não paramos de pensar. A nossa mente dá forma as coisas da nossa vida e assim interferimos no nosso Universo, muito mais do que nós imaginamos.

É fato:
“Alguns homens vêem as coisas como elas são, e dizem: Por quê? Eu sonho com coisas que nunca foram, e digo: Por quê não?” George Bernard Shaw
E por que não sermos felizes?

Basta refletirmos sobre as doenças do nosso tempo, chamadas de “doença da civilização” como: depressão, estresse, enfermidades cardíacas, hipertensão, obesidade, câncer, tristeza, entre outras. No entanto isso tudo ocorre numa época de medicina avançada, com altos recursos tecnológicos, mesa farta, acesso à informação e conhecimento, diversos meios de diversão, conforto, etc... Isso tudo são consequências daquilo que Cinira chama de “buscar fora”.

No entanto, Cinira destaca que não podemos escamotear o sentimento de vulnerabilidade,
criando uma couraça em torno de nossas emoções, mascarando um sentimento que não queremos sentir. E cada pessoa encouraça uma área do corpo: como o ombro, o peito, coluna, o quadril, o estômago, para excluir os sentimentos de vergonha e medo. No entanto, quando excluímos uma emoção que nos faz sentir frágeis, consequentemente, excluímos as emoções de prazer, gratidão alegria, etc. Neste aspecto, as couraças, a aparência, as máscaras e todo tipo de disfarce são estratégias perfeitas que impedem o ciclo da vida.


Estar sozinho, neste aspecto de ser excluídos, é como se não mais existíssemos. O reconhecimento de nossa existência, diz Todorov, “é condição preliminar de toda coexistência, é o oxigênio do homem”.
É fato:
“se não entendemos nossa própria estrutura íntima, nossa psique, nosso sentir e nosso pensar, como haveremos de entender outras coisas” Jiddu Krishnamurti
E por que mudar é ruim?
A princípio quando pensamos em mudança achamos que mudar é ruim, porque toda mudança implica em sairmos de nossa zona de conforto, o que por sua vez exige esforço, disciplina, dedicação e fazer diferente. Mas Cinira propõe que quando olhamos para o nosso passado, fazendo um exercício de recordação, tentando buscar os momentos de mudanças em nossas vidas, veremos que a vida já nos provou que mudar é bom e que não há como controlar a vida, porque a vida é um rio que flui o tempo todo, independente da nossa vontade. A mudança, no entanto, nos leva à criatividade, nos leva as novas possibilidades. Importante que nós observemos com que postura nós olhamos para a impermanência, com que postura mental, pondera Cinira.
Porque a minha mente vai mexer com as ondas de probabilidade do átomo e isso vai fazer com que o Universo ao redor de mim na minha vida se modifique para melhor ou pior. EU SOU O CAPITÃO DO MEU NAVIO. Os meus padrões mentais estão sempre me levando a criar algo, bom ou ruim. O feedback que a vida nos dá vai me mostrar que o movimento que eu fiz foi para somar positivo ou para negativo.

Esse feedback que a vida nos oferece representa um dos pressupostos básicos da Programação Neurolinguística: de que não há fracasso nem erros, o que há são resultados. E o resultado, por sua vez, é uma resposta do nosso padrão mental. Nesse sentido, se fizermos o que sempre fizemos, teremos o resultado que sempre tivemos. Compreender isso é fundamental para entendemos porque criamos a mesma realidade, cotidianamente, e os mesmos relacionamentos e por que continuamos tendo os mesmos empregos repetidamente? Pense nisso...
É fato:
“Engraçado, costumam dizer que tenho sorte. Só eu sei que quanto mais eu me preparo mais sorte eu tenho”. Anthony Robbins

Outro exemplo de vitória mental:

"O ser humano não é completamente condicionado e definido. Ele define a si próprio seja cedendo às circunstâncias, seja se insurgindo diante delas. Em outras palavras, o ser humano é, essencialmente, dotado de livre-arbítrio. Ele não existe simplesmente, mas sempre decide como será sua existência, o que ele se tornará no momento seguinte" Victor Frankl
Fazendo escolhas.


É fato:
“Um homem que nunca fez um erro nunca fará nenhuma outra coisa” George Bernard Shaw.
Permissão

· Coragem de sermos imperfeito
· Errar faz parte da nossa natureza.
· Dignidade de ser si mesmo. Ser autêntico.
· Estar disposto a abdicar do que “deveria ser”. Onde está escrito que nós deveríamos isso ou aquilo? Esse “deveria” são crenças que nós criamos na nossa cabeça.
· Quão fugaz é a fama. Tudo que é externo vai embora rápido, o que fica é o interno. Como lidamos consigo mesmo.
· Como eu lido com as minhas crenças, com as minhas emoções, como eu lido com os meus pensamentos?
· Observe-se. Buda diz que o bom discípulo deve desenvolver três qualidades: capacidade de observar-se, capacidade de observar-se e capacidade de observar-se.
· Ser gentil consigo mesmo.
· O erro abre portas às novas possibilidades. Olhar para os erros com gentileza, aceitação e respeito. Aceitar, olhar e sem dramas.
· Crenças não são verdades absolutas. Elas são mutáveis.
· Permitir-se ser auto-centrado sem ser ego-centrado.
· Ser centrado em si mesmo, ser gentil consigo mesmo é muito diferente de achar que o mundo gira em torno do seu umbigo.
· As pessoas que assumem a vulnerabilidade vão em frente onde não há garantias, por exemplo, dizer eu te amo primeiro.
· A vida não é controlável e não é previsível.
· Mentes abertas, que aceitam mudanças sempre vão ser mais bem sucedidas, que as mentes fechadas, que não aceitam mudanças, que querem controlar a vida e prever a vida.
Finalizando com pouco de Constelação Familiar
Palavras de Cinira:

Mural de Fotos - 1ª Edição
Agradecemos a presença de todos vocês
Um grande abraço e
até o próximo encontro
08/05/2012 (Agende)
Silvia Soares Sant'Ana
Apoio:
Secretaria Municipal de Cultura